segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Homem cuida de Iyami Osoronga?

 Um dos aspectos religiosos no candomblé hoje em dia e que intriga é é a questão de que homem pode cuidar,ou melhor dizendo, que homens estão cuidando de Iyami Osoronga.
 A primeira questão que devemos analisar é que sendo a Iyami Osoronga ligada diretamente ao ventre e ao ciclo mestrual, existente apenas para o sexo feminino, como um homem pode ter ligações diretas com as mesmas?
 Mas esquecendo um pouco desse direcionamento e seguindo em vias de fatos, ou seja,por itan, veremos o porque de que somente as mulheres tem o verdadeiro direcionamento para o cuidado da Iyami Osoronga.Diz no Odu Irete Meji :

Uma centena de pessoas vieram para a terra em Ota (povo), eles escolheram de entre eles uma Iyalode (líder feminino). Aqueles que queriam obter poderes Aje, visitou o Iyalode com um guiro, dizendo que queriam um pássaro (Eiyé). A Iyalode colocar um pássaro no Güiro, cobriu e deu a cada mulher. Ela disse a eles para cuidar dessas aves e esconder guiro em um lugar onde elas sabiam.
Quando desejam enviar Eiyé (o pássaro) em uma missão, elas destaparían o guiro. Eiyé foi cumprir a missão a ser dada, para qualquer um dos quatro cantos do mundo. Quando o pássaro voltou, ele diria a seu cuidador: "Eu tenho realizado a tarefa atribuída." Eiyé Depois, volte para o seu Güiro e as mulheres, por sua vez, voltou a colocar o Güiro para o esconder.

  Em Ifa Podemos ver claramente que era uma mulher que deu esse atributo e apenas deu-lhes para as mulheres, esta é mais uma prova de que o culto é distintamente feminino e, portanto, este atributo é dado apenas a  mulheres ,bem como a realização de suas cerimônias.
 Então ,quando algum homem falar que cultua diretamente Iyami Osoronga, desconfie.Pois você provavelmente tá sendo vítima de  enganação de alguns sacerdotes que não identificam e nem buscam conhecimentos para saberem que somente mulheres executam o culto da Iyami Osoronga.
 Pense bem antes de fazer algo com algum homem relacionado a esse culto.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pambunjila e Pomba Gira

 Proveninete da nação de Ngola ( Angola ) , Pambujila é um Nkisi masculino , assemelhando-se ao orixá Exú da nação de Ketu.Esse Nkisi recebe o nome Tata Mujilo onde significa Pai trabalhador ou Nganga Mubika que significa Senhor do caminho.Dentro desse conceito é que se criou o aspecto feminino na umbanda da entidade Pomba gira , que também são entidades responsáveis dentro da Umbanda pelo caminho de seus adeptos.
 Direcionando esses dois aspectos, que ao analisarmos uma pessoa falando que foi iniciada em Pomba Gira ou mesmo Lebara, sendo esse uma abreviação do termo Elegbara ( Vodun de aspecto masculino , assemelhando-se ao Exú no culto Ketu, e com raízes em Djeje ), não poderemos dizer que sua iniciação foi adequada dentro do culto em que diz respeito ao candomblé ou mesmo santeria.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A bengala de um preto velho

Muitas vezes ,em muitos rituais de Umbanda , nos perguntamos o porque de alguns rituais que certas entidades promovem diante de sua chegada. Um desses aspectos ritualísticos que podemos evidenciar em alguns pretos velhos que descem na Umbanda para trabalhar é o fato de baterem com suas bengalas no chão.
Quando falamos de pretos velhos vem logo uma alusão de negros escravizados no Brasil e com eles seus costumes enfatizados em suas incorporações e de igual maneira não seria diferente com sua bengala que além de ser um apoio de um negro ancião como também de sua ancestralidade.
Para melhor explicar a questão da ancestralidade podemos evidenciar dentro de seus nomes que todos os pretos velhos vindo na Umbanda , em seus nomes, trazem algo ligado a suas raízes, de maioria  centro-sul Africano, ou enfatizando que eles seguem a linha das almas , ou seja, a linha dos espíritos e sua ancestralidade.Dentro dessa explicação, podemos dizer então que em suas incorporações podemos encontrar aspectos de ritos africanos ligado as almas, ao espírito,á ancestralidade.
Um exemplo bem interessante é o ritual de Baba egum ,onde os ojés manipulam a vinda de um egungun através de seu ixan (uma vara ritualistica do culto) e a manipulação dos mesmos á sua chegada.Oritual ,assim como o culto aos orixás, também foi trazido ao Brasil pelos negros africanos mais precisamente da Nigéria e Benin , onde seu culto encontra-se até hoje presente.
O rito aos Babas eguns é nada mais que o culto direto de toda ancestralidade de uma comunidade, a volta terrena daqueles que se foram, o chamado dos espíritos.
Um outro culto que podemos sim evidenciar ainda mais com exatidão o chamado dos espíritos ancestrais pela força de um cajado é um ritual cubano chamado Palo Maymbe, o culto aos mortos em proveniente do congo, onde seus adeptos usam-se de cajados de madeira que são confeccionados para utilizarem de invocação dos espíritos ancestrais, procedimento que acontece ao bater com o cajado no chão e fazendo a invocação do mesmo em kibundo ( dialeto Congo ).
Então ao vermos um certo preto velho onde com sua bengala bate no chão, pensemos que por trás desse fato existe uma ritualística de chamada de toda a sua ancestralidade ligada a sua origem ,para que trabalhe unindo forças ao mundo imaterial de suas raízes , de sua energia, de sua vibração. Adorei as almas!!!!

Cargos no barracão de candomblé



 O candomblé é uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixás. Chegou ao Brasil através dos negros africanos, que para cá vieram como escravos, mas trouxeram consigo o AXÈ dos ORIXÀS e a forma de cultuá-los, o que foi o princípio do que até hoje é praticado.
 A hierarquia no Egbé (barracão) é fundamentada no tempo de iniciação no culto, obrigações realizadas (“tempo de santo”), qualidade do Orixá, sexo do filho-de-santo e, especialmente, pela indicação do Babalorixá, que o fará segundo a determinação dos Orixás.

A seguir relacionam-se alguns cargos no culto:




ATÔ-AXOGUN:



Sacrificador de animais de dois pés.




AXOGUN:



Sacrificador de todo tipo de animais.




ABAXÉ:



Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianças enquanto as mães estão
ocupadas.



IYÁ-BASSU:



Pessoa responsável pela cozinha.




EBÂMI ou EBÔMI:



Após sete anos como Iaô, ofertadas as obrigações devidas, o iniciado é
levantado EBÔMI. A situação do Iaô que passa à ebômi é modificada, pois ao receber o DEKÀ (cuia do axé), poderá iniciar outras pessoas, assumindo a direção de outro barracão. Caso não assuma tais responsabilidades e continue na mesma casa, assumirá funções específicas como Mãe-Pequena ou Pai-Pequeno, organizador de rituais, etc...



IYÁ-KEKERÊ:



Substituta da YALORIXÁ, também conhecida como Mãe-Pequena




EKEDE:



Cuida dos assentamentos e quartinhas do Babá, ajuda a Mãe-Criadeira, transmite ensinamentos soa Abiãs e zela pelos Orixás durante os rituais.



DAGÃ e OSSIDAGÃ:



Despacham o padê e determinadas oferendas a Exu.




IYÁ-TEBEXÉ:



Dirige o canto, obedecendo às normas do ritual.
 



BABALOSSAIN:



Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixás.




IABÁSÉ (IYÁBÁ):



Cozinheira do culto aos Orixás.




TIBONÃ:



Fiscal das cerimônias.




OGÃ:



Significa padrinho.




ALABÊ:



Tocador de atabaques.




OGÃNILÛ:



Chefe dos alabês, os quais dirige sob ordem direta do Babalorixá.







DENOMINAÇÕES DE ZELADORES:




BABALAWÔ:



Pai de Segredo




BABALORIXÁ:



Pai de Orixá




BABALAXÉ:



Pai da Força




BABALADÊ:



Pai da Coroa




BABAOXÉ:



Pai do Axé




BABAEWÉ:



Pai da Folha




BABAOBÉ:



Pai da Navalha




BABAKEKERÊ:



Pai Pequeno

 

BABAEFUM:



Pai da Pintura do Iaô.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Quem é Logun Edé ?

 Adorado território Ilesa especificamente nas regiões de Ijesa, iwo, Osogbo e Ede, na Nigéria, esta divindade do panteão Yorubá é considerado o príncipe de todos os orixás, o mais feroz de todos os guerreiros, o mais ousado de todos os caçadores e mais belo de todos os orixás.

 Ele afirma que qualquer sacrifício ou pedido que não poderia ser feito em um orixá por falta de representação material do mesmo poderia ser exotérica dedicar  a este orixá, orixá da beleza e da boa sorte, filho de Oxum iponda e de Erinle onde herdou sua natureza ardente, a arte da caça, o conhecimento da medicina, paciência e astúcia pescador na caça, bem como de sua mãe Oxum
beleza, atratividade e encanto, a doçura, o poder da bruxaria e da riqueza.


 Seu emblema ou osun são cinco flechas em um arco de ponta para cima e 8 folhas de árvores símbolo do conhecimento da medicina pendurados abaixo todas feitas em latão puro. Seu Ileke é
turquesa como de Enrilè e âmbar como Oxum . (Em suas montagens Ileke candomblé: três pedras turquesa e três de âmbar, enquanto rainha tradicional andar de turquesa, laranja) no candomblé vem com cinco otas o enquanto tradicional (que significa, em seu território indígena no culto Nigéria) é feito com sete pedras ,sete flechas de tamanhos diferentes que são colocados dentro de seu ajere ou recipiente de uma forma muito particular.

 Em seu ibá carrega água também, é dito que este orixá possui vida na floresta um tempo e no rio , e sua presença é visível na névoa que cobre a água e, por vezes, a floresta ao amanhecer. Tudo complementar em êxtase a todos que o vêem.

 Ele é considerado um orixá filho perfeito e por sua vez controla a ligação central em qualquer união ou fórmula neutra ou resultante, é o equilíbrio da natureza, a energia do pêndulo, o equilíbrio de poder e peso, a ação e reação, força centrífuga e centrípeta, a oscilação de energia entre o polaridades passando dois por controles neutros da existência e dimensão entre a vida e a morte, entre orun e o aye, é o fator híbrido, é o proprietário de harmonia, equilíbrio dinâmica, física e química, em suma, é o orixá de tudo perfeito e bonito.

  Esse foi um breve resumo de Logun Edé dentro da santeria e também do candomblé.
  Posteriormente estaremos entrando no aspecto religioso desse orixá.

 Loci Loci!!!!

Obaluaê

Xapanã nasceu em Empê, no território Tapá, também chamado Nupê. Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas,

percorria o céu e os quatro cantos do mundo.

Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Xapanã em território Mahi, no Daomé.

A terra dos mahis abrangia as cidades de Savalú e Dassa Zumê.

Quando souberam da chegada iminente de Xapanã,

os habitantes desta região, apavorados, consultaram um adivinho. E assim ele falou:

"Ah! O grande Guerreiro chegou de Empê!

Aquele que se tomará o senhor do país!


Aquele que tomará este terra rica e próspera, chegou! Se o povo não aceitá-lo, ele o destruirá!

É necessário que supliquem a Xapanã que vos poupe.

Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste:

inhame pilado, feijão, farinha de milho,

azeite de dendê, picadinho de carne de bode

e muita, muita pipoca!

Será necessário, também,

que todos se curvem diante dele,

que o respeitem e o sirvam.

Desde que o povo o reconheça como pai,

Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos!"

Quando Xapanã chegou, conduzindo seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalú e Dassa Zumê reverenciaram-no,

encostando suas testas no chão, e saudaram-no:

Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!

"Respeito e submissão!"

Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo:

"Está bem! Eu os pouparei!

Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal,

sempre encontrei desconfiança e hostilidade. Construam para mim um palácio.

É aqui que viverei a partir de agora!"

Xapanã instalou-se assim entre os mahis.

O país prosperou e enriqueceu, " e o Grande Guerreiro não voltou mais a Empê, no território Tapá, também chamado Nupê.

Xapanã é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem, também, o poder de curar.

As doenças contagiosas são, na realidade,

punições aplicadas àqueles que o ofenderam ou conduziram-se mal. Seu verdadeiro nome, é perigoso demais pronunciar.

Por prudência, é preferível chamá-lo Obaluaê, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omulú, o "Filho do Senhor".


Quando Xapanã instalou-se entre o mahis,

recebeu, em uma nova terra, o nome de Sapatá.

Aí, também, era preferível chamá-loAinon, o "Senhor da Terra", ou, então, Jeholú, o "Senhor das Pérolas".


O fato de ser chamado Jeholú e Ainon

causou mal-entendidos entre Sapatá e os reis do Daomé,

pois eles também usavam estes títulos.

Enciumados, os Jeholú de Abomey expulsaram, várias vezes,

Jeholú Ainon do Daomé e obrigaram-no a voltar,

transitoriamente, à terra dos mahis.

Jeholú Ainon vingou-se:

vários reis daomeanos morreram de varíola!

Aspectos de Exú

Aspectos de qualidades de Exú cultuados no candomblé


EXÚ LONÃ ou INÃ: É um dos primeiros a ser invocado nas cerimônias de Ipadê. É o protetor
do Babalorixá do Egbé. Este Exú está ligado ao fogo.
EXÚ ODARA: Invocado na cerimônia do Ipadê, afim de proporcionar bem estar, felicidade,
satisfação e harmonia.
EXÚ OJISE-EBO: É invocado antes de qualquer oferenda aos Orixás. Ele é responsável pela
entrega dos ebós.
EXÚ IJELU: Ligado à multiplicação e crescimento dos seres diversos, regula a lactação
materna, ou seja, toda a transformação dos seios durante a gravidez. Está associado também ao
pequeno caracol.
EXÙ MILÉ: Está relacionado ao amor, ao lado emocional, ao afeto humano. Costuma proteger
os filhos de Oxum, Nana e Yemonjá.
EXÚ BARAKESAN: Supervisiona as trocas feitas pelo homem.
EXÚ ALEKEFÓ: Está ligado aos meses do ano, regula os movimentos da Terra.
EXÚ ALAKETU: Este está ligado à nação Ketu.
EXÚ MOJUBÁ: Este Exú está envolvido às traições do homem.
Moju: viver à noite; Ba: armar emboscada.
EXÚ AJAKE-OSUN: Este Exú só faz o bem, se recusa a fazer o mal. Só gosta de ser tratado por
homem.
EXÚ TIRIRI: “Ti” - com grande força, “Riri” - valor e mérito.
Tiriri recebeu este nome por ter atingido um grau especial.
EXÚ SOROKÊ: Trabalha com Ogun Sorokê. Sorokê quer dizer: grito forte, brado.
EXÚ ELEBÓ: Carregador de Ebó.
EXÚ AKUERAN: Está ligado à caça.
EXÚ ELERU: Começa a ser assentado do lado de fora até chegar dentro do Egbé.
EXÚ YANGUÍ ou AGBÁ: Exú pé-de-òkotó, Rei de todos os seus descendentes. Foi o primeiro
nascido de sua linhagem, pai ancestral.
Este Exú foi formado através da mistura de água e terra (lama), matéria prima que Ikú usou
para modelar o ser humano.
É conhecido também como pedra vermelha de la territa ou como a proforma (primeira forma),
ou seja, primeira matéria dotada de forma.

O Orixá

 Sejam bem vindos ao mundo encantado dos orixás.


 Ao falarmos de orixá (Órísá) não sabemos muitas vezes do que significa essa tal palavra e o porque de sua origem. Daremos uma pequena explicação de seu significado e como surgiu o orixá.

 O que significa Ori?
 -Em Yorubá significa cabeça

 O que significa Oxá ?
-Em Yorubá significa divino ou mesmo força.

 Orixá podemos identificar como a cabeça do divino ou força. Sendo esse divino ou força representação de qualquer manifestação da natureza criada por Olodumarê (Olódùmarè - O criador do universo segundo a tradição Yorubá).
 A partir dessa compreensão que podemos identificar os aspectos de que cada orixá que conhecemos tem a representatividade de um elemento específico da natureza ou sua manisfestação,sendo essa a divina criação de Olodumarê .Exemlos: Oyá - Ventos, Ossaim - folhas, Oxum - água doce, entre tantos.
 Segundo rege uma de algumas lendas relacionadas no panteão Yorubá é que foram criados primeiro as energias da natureza ,que seriam os oxás e consecutivamente , escolhidos por Olodumarê, alguns reis ( Obás ) e rainhas  (Yabás), ou mesmo seres de alto prestígio em sua comunidade, para assumir, cada um deles, uma energia ou mesmo ação da natureza e sua força determinada por Olodumarê, criando-se assim os orixás .
 Orixá também pode ser caracterizados como elementais e sua energias diretamente ao ori humano, ou seja, o orixá é surgimento interior, do transe, que nasce dentro do ser.

 Essa é uma breve e simplificada explicação do que é orixá .E brevemente estaremos enriquecendo ainda mais esse tema .